"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

26 dezembro 2011

Mata Hari - Uma grande mulher

Margaretha Gertruida Zelle mais conhecida como Mata Hari foi uma dançarina holandesa e espiã alemã. Trazendo uma dança totalmente exótica, atraiu a atenção de biógrafos, romancistas e cineastas. Nascida no ano de 1876 ela tornou-se símbolo da ousadia feminina.
Mata Hari era filha de um empresário descendente de javanês. Ela herdou da mãe seu lado exótico e do pai o seu espirito aventureiro. Mudou-se para Paris e casou-se com Rudolf John MacLeod com quem teve dois filhos, Norman-John MacLeod e Jeanne-Louise MacLeod. Jeanne faleceu aos 21 anos de uma hemorragia cerebral. Seu pseudônimo, Mata Hari significa “olho da manhã”.
Costumava sair com militares e políticos.
Mata não possuía formação em dança e misturava dança indianas com as
javanesas. Fazia sucesso nas plateias europeias com seu estilo eclético oriental. Ingressou na dança após seu marido interromper a pensão alimentícia e deixando-a em uma situação financeira difícil. Ainda sofrendo com a morte de sua filha, ela tomou os palcos e largou a vida burguesa. Na maioria de suas apresentações ela aparecia seminua nas casas de espetáculos.







Por trabalhar como espiã alemã ela utilizava de sua dança e seu poder de sedução para sair com grandes políticos e militares e conseguir deles informações. Em uma de suas viagens o navio onde ela estava foi parado pelos ingleses e o Sir Basil Thomson, comissário assistente de New Scotland Yard responsável pela contraespionagem, a interrogou. Depois de algumas horas ela confessou ser espiã e ele anotou isso no seu livro que hoje é intitulado de “1922 pessoas Queer”. Ela foi então levada para a delegacia da época e sua confissão foi gravada e hoje esta guardada no Arquivo Nacional da Grã-Bretanha.
No ano de 1917 os franceses interceptaram uma mensagem via rádio dos alemães onde eles diziam que Mata Hari era a espiã H-21, comprovando assim sua culpa em termos de espionagem. Ela foi presa mesmo ano da mensagem acusada de espionagem para a Alemanha. Dizem que não havia prova contra ela. Ela foi acusada sem provas e depois de um tempo falaram que encontraram papeis no hotel em que ela estava hospedada. Mata disse que seus contatos fora do país eram devidos sua careira de dançarina e foram encontrados uma série de cartas endereçadas ao cônsul Holandês na França dizendo que ela era inocente.







Ela foi considerada culpada e foi morta por fuzilamento no dia 15 de outubro de 1917 quando tinha 41 anos.
Em sua biografia “Femme Fatale” Pat Shipman diz que Mata nunca foi agente duplo e sim foi usada como bode expiatório pelo chefe francês contra espionagem. Esse mesmo chefe francês cujo nome era Georges Ladoux foi acusado tempos depois por ser agente duplo e usar pessoas como bode expiatório.
Os documentos de acusação foram selados durante 100 anos e só foi reaberto quando o biografo Russell Warren Howe convenceu o ministro francês da defesa nacional a abrir o arquivo que revelou que ela era inocente. Após sua morte o seu corpo não foi reivindicado por nenhum membro da família o que fez com que ele virasse estudo médico. Dizem que todo o seu corpo foi embalsamado, mas no ano de 1954 não havia mais registro de seu corpo no centro de estudos.







Testemunhas oculares dizem que no momento de sua morte ela pediu para que não tivesse vendas nos olhos e estava vestida de forma extremamente elegante. Uma das testemunhas, Henry Wales, conta o fato exatamente como ocorreu:
“Após a saraivada de tiros que soaram lentamente, inerte, ela se estabeleceu de joelhos, a cabeça erguida sempre, e sem a menor mudança de expressão em seu rosto. Para a fração de segundo parecia que ela cambaleou lá, de joelhos, olhando diretamente para aqueles que tinham tomado a sua vida. Então, ela caiu para trás, dobrando na cintura, com as pernas dobrou sob o seu corpo... foi então que um oficial não comissionado, em seguida, caminhou até o corpo dela, puxou o revólver, e atirou na cabeça dela para ter certeza de que ela estava morta.”
Hoje há um museu em seu nome que nele estão algumas de suas roupas, diários e sua história além de documentos.



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