"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

28 fevereiro 2012

Hecate

Hécate é uma Deusa grega filha dos titãs (semideuses) Perses e Artéria. Seu nome significa “a distante”. Alguns acreditam que ela é originária do Egito e mais tarde foi incorporada na mitologia grega. Para os egípcios seu nome significaria “Todo o poder”.
Hécate é considerada a Deusa da magia e da noite. Às vezes é possível vê-la associada à Arthêmis, por ambas serem relacionadas à lua, e às vezes a Perséfone pelo fato das duas residirem no submundo. Hécate para os romanos era a Deusa das encruzilhadas já para os marinheiros ela assegurava uma boa travessia. Por ser associada à magia conhece bem as ervas e os unguentos. Em seu culto costuma-se usar alho. Está também ligada ao cipreste por ser uma arvore que representa o submundo, local onde ela também reside. É uma Deusa que reside tanto no mundo dos vivos quanto no dos mortos. Acreditam que nas cidades e casas onde ela está de guarda os espíritos e os demônios não entram, pois ela não permite. Dizem que é possível vê-la nos cemitérios em dias de lua nova. Hécate uniu-se com Eetes rei da Cólquida (atual Geórgia) gerando uma grande feiticeira chamada Circe.
Hécate é representada sempre com cachorros. Pode aparecer em forma de uma mulher com três cabeças ou como três mulheres. Ela carrega consigo uma ou duas tochas. Na sua cabeça encontra-se o pollos, tiara com uma lua crescente. Algumas imagens relacionadas à Hécate pode trazê-la com serpentes em seus cabelos e pés. Antes dessas imagens (antes do século V) os poetas gregos a viam como um faixo de luz, um faixo da luz da lua. Hécate é uma Deusa tríplice, portanto possui a faceta da jovem, da mãe e da anciã. O cipreste é relacionado a ela assim como os cachorros e ovelhas negras. Comemora-se seu dia em 13 de agosto. Na antiga Grécia e Roma era de costume em suas comemorações sacrificar animais e iluminar o festejo com muitas tochas. Os gregos e romanos acreditavam que tudo que não entrava na festa era odiado por Hécate e se algo que ela gostasse fosse esquecido um espirito iria possuir o corpo do participante do ritual.







A estatueta mais antiga relacionada à Hécate é de terracota e foi encontrada em Atenas com seu nome entalhado. Acreditam que seja do século 6 AC devido a seu estilo, comum na época. Esse monumento representa a Deusa sentada em um trono com uma coroa. Essa obra comprova a forma simples pela qual Hécate era vista pelos gregos antes da invasão persa. Sua primeira representação de forma tríplice foi encontrada no final do século 5 AC e ela foi feita pelo escultor Alkamenes no estilo grego clássico. No século 4 AC foi encontrado uma escultura em mármore na casa de um homem rico da Tessália onde Hécate é representada como uma mulher colocando uma coroa de flores em uma égua. Já no século 3AC ela é representada ainda como uma forma simples, mas às vezes como três mulheres. Uma segura uma tocha, outra uma chave e a terceira uma serpente. Um dos escritos mais famosos desse século conta um sacrifício para a Deusa. No “documento” o autor diz que sacrificou sua ovelha negra perto de um riacho onde havia uma encruzilhada. Ao agradecer e se virar ele ouviu sons de latidos de cachorros, mas não se virou, pois sabia que Hécate havia gostado caso contrário os cães o atacariam. Pelos egípcios de acordo com achados em papiros (ainda não divulgados e nem expostos oficialmente) Hécate é vista como uma mulher de três cabeças com uma tocha e ao seu lado um cavalo e um cachorro. A imagem e a referencia adotado hoje em dia para essa Deusa foi a mesma adotada no século 7 DC. Hécate está relacionada a uma encruzilhada de três ruas ou estradas. Sua imagem ainda pode ser de três mulheres com uma tocha, serpentes e uma chave ou de uma mulher com um cão de três cabeças, que no caso ganhou o nome de Cérbero.






Cérbero é o cão que guardava o submundo. Ele possuí três cabeças e em algumas outras fontes que dizem que ele tinha além delas cobras que cuspiam fogo. Sua calda é algo variante podendo ser de cobra, de dragão ou mesmo de cachorro. Os gregos acreditavam que após a morte as pessoas mantinham a forma física só que não em corpo, mas em alma. Os mortos chegavam ao submundo através de um rio e nos portões estava Cérbero. Não confundam inferno com submundo, pois para os gregos não havia inferno, apenas o palácio dos mortos aonde todos iriam sendo maus ou bons ao longo de suas vidas. O rei do submundo era Hades, irmão de Zeus (Deus do Céu) e Posseidon (Deus do mar). Cérbero festejava a vinda dos que chegavam ao palácio de Hades, mas não os deixavam voltar para o mundo dos vivos.
Apenas algumas pessoas passaram de volta para o mundo dos vivos dentre elas Psique. Hécate podia ir e vir, pois habita os dois mundos e Cérbero a acompanhava.
O mito mais famoso de Hécate é o que está relacionada com Perséfone.
Perséfone (Deusa da agricultura) filha de Demeter com Zeus é roubada e posta no submundo por Hades. Devido a sua beleza Hades a coloca de forma permanente em seu palácio a torna sua esposa. Demeter desesperada, procurando sua filha por todos os lugares e não achando pede ajuda a Hécate e assim que Hécate sabe do paradeiro de sua filha conversa com Hades o convencendo de que Perséfone passe 6 meses no mundo dos vivos e 6 meses no mundo dos mortos. Por isso a terra é fértil 6 meses e os outros meses do ano ela se reserva.







Eetes rei da Cólquida se casou mais de uma vez, mas nuca com Hécate. Com tal Deusa teve apenas uma noite na qual gerou Circe. Ele é um titã filho de Hiperião (Deus Solar primitivo) com Teia (personificação da visão).
Circe sua filha é vista como uma grande feiticeira. Seu nome significa “Falcão”. A Odisseia conta sua história e mantem a fama de grande feiticeira. De acordo com a história Ulisses desembarca numa ilha com seu barco e sobre numa colina para ver sinais de habitação. Ele só localiza um grande castelo no centro da ilha. Para ver se podia contar com a hospitalidade da dona ou dono da casa ele manda homens ao local. Tal castelo é relatado como grande e cheio de leões e tigres que eram homens sobre os feitiços de Circe. Além disso, conta sobre a voz feminina e serena que ouviam de dentro do castelo. Os homens foram convidados por Circe a entrar e ela os ofereceu do melhor em comidas e bebida. No final da visita ela os transformou em porcos, mas ainda com consciência humana, apenas um dos homens não foi transformado, o que não se alimentou e nem bebeu nada oferecido por ela. Ao retornar ao barco e contar a Ulisses o ocorrido Ulisses resolve ajudar seus homens e visitar Circe. Durante a caminhada até o castelo ele encontra Hermes (Deus da fertilidade, da magia, dos caminhos e da divinação) que o avisa sobre os feitiços e lhe dá uma erva contra encantamentos. Ulisses a visitou e após comer e beber Circe lançou seu feitiço e ao invés dele também se transformar em um porco lançou sua espada fazendo com que Circe transformasse seus homens em homens e deve a devida hospitalidade a sua tropa. Após o período de estadia Circe cumpriu sua palavra e ainda ensinou Ulisses a retornar para casa passando pela Ilha das Sereias sem ter problemas com elas. Circe também pode ser vista mais recentemente no filme Harry Potter em uma das figurinhas de bruxos e bruxas famosos dos sapos de chocolate.



26 fevereiro 2012

Cleopatra

No ano de 46 AC Cleópatra foi a Roma junto de seu irmão Ptolomeu XIV e seu filho.
Sua presença em Roma causou alvoroço, pois a população ficou desesperada. Seu presente dado por Júlio Cesar por ter chegado a Roma bem foi uma estatua dela em ouro posta no templo da Deusa Vênus Genetrix (Deusa do amor). Ela se fixou em Janículo e só saiu de lá após o assassinato de César. Segundo o bispo da época Eusébio de Cesareia Cleópatra matou seu irmão antes do seu retorno ao Egito. A partir daquela data ela reinava sozinha e seu filho era seu corregeste.
Com a morte suspeita de Júlio César, Marco Antônio convoca Cleópatra para lhe fazer perguntas. Ao chegar em Tarso, lugar marcado, ela chegou com grande pompa o que encantou Marco Antônio. Ela passou com ele o inverno de 42 a 41 AC em Alexandria. Cleópatra engravidou pela segunda vez sendo desta de gêmeos. Nomeou-os de Cleópatra Selene e Alexandre Hélio. Quatro anos mais tarde Marco Antônio retornou a Alexandria e reatou seu romance com Cleópatra. Ele passou a viver em Alexandria e suspeita-se que eles tenham se casado apesar de Marco Antônio ser casado com Octávia. Foi nesta época que Cleópatra engravidou pela sua terceira vez e nomeou seu filho de Ptolomeu Filadelfo.
No ano de 34 AC Cleópatra e seus filhos tiveram grandes ganhos políticos como o fato de Alexandre Hélio (Filho de Marco Antônio e Cleópatra) ter sido coroado governante da Arménia, Média e Pártia, Cleópatra Selene (Filha de Marco Antônio e Cleópatra) foi coroada governante da Cirenaica e Líbia, Ptolomeu Filadelfo (Filho de Marco Antônio com Cleópatra) tornou-se o governante da Fenícia, Síria e Cilícia e Cleópatra e Ptolomeu XV César (Filho de Cleópatra com Júlio César) foram coroados correagentes do Egito e Chipre. Além disso, Cleopatra recebeu o titulo de rainha dos reis






Em 31 AC o senado romano declarou guerra contra o Egito Isso ocorreu após a vitória de Octavio na batalha de Áccio. Tal batalha foi travada entre Marco Antônio e Octavio. Cleópatra na época cometeu suicídio com a picada de uma Naja. Um ano depois o Egito se tornou província romana
No ano de 2008 a imprensa internacional publicou o achado de uma cabeça de uma estatua em alabastro de Cleópatra no litoral do Egito no templo de Taposiris Magna
Em 2009 o arqueólogo Zahi Hawass confirmou o achado da sepultura de Cleopatra no mesmo templo.
Cleópatra inspira pessoas ligadas a todas as formas de arte. O cenário de sua morte foi motivo de quadros de Reginald Arthur, Augustin Hirschvogel, Guido Cagnacci,Johann Liss, John William Waterhouse e Jean-André Rixens.
Já na literatura ela inspirou Étienne Jodelle com a peça “Cléopâtre captive”, William Shakespeare com “Antônio e Cleópatra” já na peça de George Bernard Shaw “Caesar and Cleopatra” publicada em 1901 foi posta em cena em 1946 em Londres sendo a protagonista Vivien Leigh. Livros recentes escritos sobre tal rainha e sacerdotisa foram intitulados de “As memórias de Cleópatra” composta de três volumes “A filha de Ísis”, “Sob o signo de Afrodite” e “O beijo da serpente”, escritas por Margaret George em 2000. Esses livros trazem consigofatos baseados no seu reinado e na sua vida pessoal. É possível ver o nome dela também no desenho animado Asterix e Cleópatra onde ela é posta como sedutora e caprichosa.
No cinema sua vida inspirou grandes clássicos como o de Elizabeth Taylor de 1963. Antes dele houve 4 filmes, sendo 3 dias no cinema mudo. O primeiro filme filmado em seu nome foi no ano de 1899 que só foi achado em 2005 cerca de 2 minutos que mostra a violação da tumba de Cleópatra. Já os de maior gravação mais ainda mudos são Marcantonio e Cleópatra de 1913 e Cleópatra e 1917. O ultimo filme gravado antes do de Elizabeth Taylor e o primeiro filme falado foi o do ano de 1934, chamado Cleópatra com a protagonista Claudette Colbert. Em 1999 teve um com uma atriz chilena. O primeiro longa metragem ainda não foi lançado comercialmente, mas já foi apresentado no Festival de Cinema de Veneza no ano de 2007


24 fevereiro 2012

Cleopatra

Cleópatra VII Thea Filopator era filha de Ptolomeu XII com Cleópatra V. Sua mãe Cleópatra V era amante de Ptolomeu. Seu nascimento deu a ele mais uma filha ilegítima. Seu nome significa “Gloria do Pai” enquanto Thea “Deusa” e Filapator “amada por seu pai”. Não se sabe ao certo sua data de nascimento, mas acreditam que tenha sido em dezembro do ano de 69 AC ou janeiro do ano de 70 AC. Sua história começa em Alexandria. Embora seja egípcia ela possuía uma dinastia macedônia que se estabeleceu no Egito no ano de 305 AC. Ela era a única da sua dinastia que dominava a língua egípcia fluentemente.
Sabe-se muito pouco sobre a infância e a adolescência de Cleópatra. Acredita-se que ela estava sendo educada e iniciada nas artes da magia. Cleópatra era uma mulher muito bonita, sexualmente liberta, inteligente e diplomata.
Nos relatos antigos dizem que ela falava sete ou oito línguas dentre elas o grego antigo, o latim, o etíope e o hebraico. Dizem também que ela se interessava por livros de pesos e medidas, cosméticos e magia.
Ela ficou conhecida apenas como Cleópatra, mas na história existiram outras com o mesmo nome dentre elas sua mãe.
Sua chegada ao trono se deu junto de seu irmão Ptolomeu XIII no ano de 51 AC. Isso se deu devido ao falecimento de seu pai. De acordo com seu pedido eles governariam juntos como novos soberanos do Egito. Como de costume Cleópatra casou-se com seu irmão que na época tinha cerca de 15 anos de idade.
Desde o inicio de seu reinado ela compreendeu que Roma era a nova potencia do mundo e para manter-se no poder deveria ter relações amigáveis com ela.






No ano de 49 AC Cleópatra fornece uma tropa para juntar-se Gneu de Pompeu uma tropa para lutar contra Júlio César. Tal ato não é bem visto pelos homens do Egito que dizem que ela quer governar sozinha e o povo passasse a se ver contra ela. Devido a isso ela foge para o sul do Egito e depois para a Síria.
Em 48AC Júlio Cesar vence a guerra contra Gneu de Pompeu e pede refugio a Alexandria. Ptolomeu XIII a fim de agradar Júlio César julga Gneu de Pompeu e entrega a cabeça a Júlio. Essa atitude desagrada Júlio, pois Gneu e foi marido de sua filha, que faleceu dando a luz a um filho. Júlio Cesar toma Alexandria e resolve o problema de Ptolomeu XIII e Cleópatra.
Cleópatra afastada do palácio real marca um encontro com Júlio César e ele a presenteia com um tapete onde ela era o tema principal. Cleópatra acaba tendo um romance com Júlio César e este assegura que o testamento de Ptolomeu XII seja cumprido fazendo com que os irmãos mais jovens (Arsinoe e Ptolomeu XIV) de Cleópatra fossem para Chipre. Arsinoe ambiciosa convence o exercito egípcio a declara-la rainha do Egito e Ptolomeu XIII une-se a causa.
O exercito egípcio entra em guerra com Júlio Cesar e perde no ano de 47 AC. Arsinoe é feita prisioneira e Ptolomeu XIII se afoga no rio Nilo. No mesmo ano Cleópatra da à luz a Ptolomeu XV César que foi reconhecido como filho de Júlio Cesar, mas não foi considerado seu herdeiro sendo este Octaviano
Cleópatra passou a governar com seu outro irmão Ptolomeu XIV e com este se casou. O Egito permaneceu independente e com a proteção de Roma.

22 fevereiro 2012

Circe

Circe, uma grande feiticeira, é filha de Hécate com Eetes rei da Cólquida. Seu nome significa “Falcão”
A Odisseia conta sua história e mantem sua fama de grande feiticeira. De acordo com a história Ulisses desembarca numa ilha com seu barco e sobe numa colina para ver sinais de habitação. Ele só localiza um grande castelo no centro da ilha. Para ver se podia contar com a hospitalidade da dona ou dono da casa ele manda homens ao local. Tal castelo é relatado como grande e cheio de leões e tigres que eram homens sobre os feitiços de Circe. Além disso, conta sobre a voz feminina e serena que ouviam de dentro do castelo. Os homens foram convidados por Circe a entrar e ela os ofereceu do melhor em comidas e bebida. No final da visita ela os transformou em porcos, mas ainda com consciência humana, apenas um dos homens não foi transformado, o que não se alimentou e nem bebeu nada oferecido por ela. Ao retornar ao barco e contar a Ulisses o ocorrido Ulisses resolve ajudar seus homens e visitar Circe. Durante a caminhada até o castelo ele encontra Hermes (Deus da fertilidade, da magia, dos caminhos e da divinação) que o avisa sobre os feitiços e lhe dá uma erva contra encantamentos. Ulisses a visitou e após comer e beber Circe lançou seu feitiço e ao invés dele também se transformar em um porco lançou sua espada fazendo com que Circe transformasse seus homens em homens e desse a devida hospitalidade a sua tropa. Após o período de estadia Circe cumpriu sua palavra e ainda ensinou Ulisses a retornar para casa passando pela Ilha das Sereias sem ter problemas com elas. Ela recomendou Ulisses a amarrar seus homens no mastro do barco e por cera de abelha nos ouvidos para que não ouvisse os cantos das sereias.







Seu nome pode ser visto também no filme Harry Potter e a pedra filosofal em uma das figurinhas de bruxos e bruxas famosos vinda como brinde nos sapos de chocolate.
Além disso, é uma feiticeira famosa inimiga da Mulher Maravilha e suas amazonas. Ela que cria a saga A Guerra dos Deuses e o Ataque das Amazonas. Na história ela é filha de deus Hipérion com a oceanide Perséia e mora na ilha de Aeaea. Ela é uma devota da Deusa Hécate e transforma homens em animais. Na história da Mulher Maravilha sua arvore genealógica é destorcida e colocam Circe como apenas devota de Hécate e não como filha.
Em escritos do poeta Keats cujo nome é Endimião é possível se ter uma ideia dos pensamentos dos homens ao serem transformados por Circe em animais. O poema fala sobre um monarca que foi transformado em elefante. Nesse pedaço do poema é possível apreciar a arte de Keats.

“Não lamento a coroa que perdi,
A falange que outrora comandei
E a esposa, ou viúva, que deixei.
Não lamento, saudoso, minha vida.
Filhos e filhas, na mansão querida,
Tudo isso esqueci, as alegrias
Terrenas dos velhos dias olvidei.
Outro desejo vem, muito mais forte.
Só aspiro, só peço a própria morte.
Livrai-me deste corpo abominável.
Libertai-me da vida miserável.
Piedade, Circe! Morrer e tão-somente!
Sede, deusa gentil, sede clemente!”

No livro de Percy Jackson e os Olimpianos Circe também é citada. Apenas no segundo livro ela é dita como a feiticeira que transforma homens em animais.



20 fevereiro 2012

Cliodna

Cliodna era a Deusa da beleza e que às vezes tomava a forma de um pássaro do mar. Para os celtas essa forma dela simbolizava a vida após a morte.
Seu nome significa “a graciosa”.
Ela era além de Deusa uma grande feiticeira e por isso conhecia os unguentos e as ervas de forma primorosa. Foi ela que descobriu a planta cujo nome é Moondew que foi muito usada na Idade Média em poções para decisão.
Há muitos contos em cima da figura de Cliodna, mas todos divergentes em informações. Em um deles conta que ela se transforma em pássaro, pois quando adoeceu seriamente 3 pássaros vieram cantar para que melhora-se. A partir daquele dia ela possuiu o dom de curar as pessoas através do canto e dizem que quando ela cantava era possível ver 3 pássaros multicoloridos. Em outra história a origem dos pássaros na vida de Cliodna é distinta. Conta-se que ela possuía os 3 pássaros, um de cabeça vermelha, outro de cabeça verde e o terceiro com penas douradas. Na história diz que eles comeram maças magicas que deram a eles o poder da cura através do canto.
Cliodna era a uma mulher muito bonita e dizem que ela transformava os homens e seus amantes, mas quando ela se apaixonava levava os homens a morte.



16 fevereiro 2012

Carnaval e sua origem

O Carnaval teve origem Grega. Por volta de 600 a 520 AC os gregos agradeciam aos Deuses a fertilidade do solo e pela produção ao longo do ano. Já em 590 D.C. passou a ser comemorado pela Igreja Católica. Durante essa época havia um grande numero de festejos populares e cada cidade brincava de acordo com sua cultura. Tais festejos se davam, pois o carnaval foi implantado antes dos 40 dias de jejum mais conhecido como quaresma. Seu nome nasceu da expressão “adeus à carne” ou “carne vale” que mais tarde virou Carnaval. Essa festa era comemorada 3 dias antes da quarta-feira de cinzas e eles eram marcados se exageros já que após tal data haveria os 40 dia de privações. A terça-feira, por exemplo, era conhecida como terça-feira gorda ou em francês mardi gras.
Na Roma antiga o carnaval se estendia durante 7 dias e em tais dias não havia nenhuma atividade ligada ao comercio e os escravos ganhavam liberdade, depois tudo voltada ao normal. Era comum a troca de presentes e uma pessoa ser eleita Rei para comandar o cortejo pelas ruas. Mais tarde em Veneza, as pessoas adotaram as máscaras, ricas fantasias e carros alegóricos. Para cada máscara na rua de Veneza tinha um significado. Por exemplo:

• Pantalone: Acredita-se que tal nome tenha surgido de um homem rico que apesar de sua idade era conhecido por suas aventuras sexuais. Tal mascara representa o conservadorismo hipócrita da sociedade.

• Brighela: Representa o servo astuto, engenhoso. Pode ser uma figura leal ao patrão o ser infiel a ele. Ele é responsável pela dança e pela musica e é responsável pelo violão.

• Arlechino: Este também representa um servo só que este é trapalhão e pouco inteligente. Sua fala é típica de uma classe menos favorecida e sua mascara costuma-se ser negra.

• Columbia: É uma maliciosa criada. Ela não pode ser tomada como exemplo de virtude e ela é eterna amante de Arlechino.

• Pulcinella: É como Arlechino, um servo não muito inteligente. As vezes este pode mostrar-se astuto ou covarde.

• Il dottore: Este é um personagem que pode passar por qualquer profissão de prestigio (como médico ou advogado). Presunçoso, soberbo, exibe citações latinas decoradas. Quando chamado para exercer algum trabalho se desvia dele com suas grandes citações latinas.

• Capitano: Este representa os soldados mercenários. Acredita-se que seja uma sátira contra o governo espanhol que dominou a Itália.






O carnaval que conhecemos hoje em dia é produto do século XIX. Paris foi quem exportou para o mundo essa festa carnavalesca conhecida hoje. No Brasil o Carnaval chegou em meados de 1720 e se chamava Entrudo (palavra portuguesa). Alguns estudiosos acreditam que esta festa chegou aqui pelo fato de comemorar-se a chegada da família real com muita festa, musica, comida e bebida.
Sabe-se que em 1786, devido ao casamento de Dom João com Carlota Joaquina, os brasileiros começaram a utilizar os carros alegóricos nessas ocasiões.
Em 1846 surgiu um homem que iria ajudar a revolucionar nosso carnaval. Zé Pereira. Tal homem criou a cuíca, o tamborim, o reco-reco, o pandeiro e a frigideira, que hoje são instrumentos muito usados nas escolas de samba.
Antigamente não existia as escolas de samba. Havia somente as sociedades que eram clubes que com suas alegorias faziam sátiras ao governo. O primeiro clube a desfilar foi o Congresso das sumidades no ano de 1855.
Desde 1870 surgi um cruzamento de danças típicas brasileiras e estrangeiras criando assim o samba.
Através da musica Abre-Alas de Chiquinha Gonzaga feita no ano de 1899 nasce as famosas marchinhas de carnaval.
Em 1928 foi criada a primeira escola de samba chamada Deixa Falar, que tempos depois virou Mangueira. Um ano depois começaram os desfiles que eram realizados na praça onze do Rio de Janeiro. A primeira disputa carnavalesca foi realizada apenas 4 anos depois da criação da primeira escola de samba.
Apenas no ano de 1984 foi inaugurado o sambódromo. Antes disso os desfiles foram realizados na Av. Presidente Varga e Av. Rio Branco.
O Rio de Janeiro inovou no quesito escolas de samba e hoje ele está no Guinness Book como o maior Carnaval do mundo.



09 fevereiro 2012

Rainha de Sabá

Pouco sabemos sobre a história misteriosa da Rainha de Sabá. De acordo com o Alcorão (livro sagrado muçulmano) e o Velho testamento ela foi Rainha da Etiópia e do Iêmen.
Ela possui diferentes nomes de acordo com o tempo. Para os etíopes ela se chamava Makeda, para os islâmicos Balkis, para um historiador romano Nicaula e para o Rei Salomão de Israel Rainha de Sabá.
Os direitos dos homens e das mulheres eram quase que semelhantes naquela época e no lugar vivido pela rainha. Quando uma mulher era coroada a única diferença para os homens era que ela deviria se manter casta, virgem. A rainha de Sabá aceitou isso conformada, pois já era de seu conhecimento e dedicou sua vida ao estudo da filosofia e do misticismo. Acredita-se que ela tenha vivido no século X AC. Em relatos extraídos do antigo testamento e de torás os historiadores pressupõem que a rainha era muito rica. Seu reinado foi prospero devido às avançadas técnicas de irrigação das plantações e de Sabá se localizar em um encontro de rotas de comerciantes. Acredita-se que ela soube da existência do Rei Salomão quando conversava com um comerciante e ficou intrigada com a sabedoria e generosidade contada sobre tal rei.
De acordo com o Alcorão, a Rainha de Sabá foi visitar o Rei Salomão após ser convidada a visita-lo. Ele a convidou para discutir sobre a divindade, como sendo Alá. A rainha de Sabá quando soube da sabedoria que o Rei Salomão possuía aceitou o convite. Ela então preparou enigmas com os presentes que ela iria presenteá-lo. Ele tão esperto quanto fez um trono dentro de seu palácio de cristal para acomoda-la. Após as respostas sabias de Salomão ela deu sua benção ao Rei e aceitou o monoteísmo abraâmico.
No relato diz que a rainha ficou maravilhada com a sabedoria do rei a lançou uma benção sobre ele. Em passagens da bíblia não consta atração sexual entre a rainha e o rei Salomão. Apenas os descreve como monarcas envolvidos em assuntos do Estado. Já no texto bíblico cântico dos cânticos tem algumas referencias sobre o amor de Salomão e a Rainha de Sabá.
Acredita-se que a rainha não resistiu ao Rei Salomão e quebrou o voto de castidade imposto. Dizem que ela passou meses no palácio de rei e gerou um filho o que nunca foi comprovado pelos historiadores ou arqueólogos.
O islamismo atual acredita que tal rainha foi soberana de uma colônia no noroeste da Arabia. Alguns arqueólogos confirmaram a existência dessas colônias e relacionaram a ela devido a escritos antigo com o nome de Balkis (uma variação do seu nome)
A descoberta mais recente foi d um templo no deserto com 3000 mil anos que pesquisadores vem trabalhando para decifrar. Os arqueólogos e historiadores acreditam que lá foi a capital do reino da Rainha de Sabá.



07 fevereiro 2012

Hatcheput

Hatcheput foi a única mulher faraó do Egito. Seu reinado durou 22 anos. Seu império aconteceu no império novo. Ela era filha do rei Tutmósis I e da rainha Ahmose. Quando Hatcheput estava com 14 anos, após a morte de seu pai ela se casou com seu meio-irmão Tutmés II. Para a época no Egito era de costume casar-se entre membros da família real. Pouco tempo depois do casamento seu marido faleceu. O reinado de Tutmés II não foi muito conhecido. Sua única opção de casamento seria com seu enteado Tutmés III que ainda era criança e não estava apto a governar. Com esse problema Hatcheput assumiu a o poder de cuidar de seu enteado e de governar com uma Rainha.
Seu destino de rainha já estava escrito antes de seu destino ser cumprido. Ahmose, sua mãe disse que estava gravida quando seu marido Tutmés I estava em viagem. Ahmose explicou dizendo que havia visto seu marido a noite e depois ele se transformara no Deus Amon-Rá. Ela também confessou que ficou honrada e que se deitou com ele e que o Deus disse que desta união nasceria uma mulher que governaria o Egito. Os sacerdotes de Tutmés I e Ahmose duvidaram da história mas legitimaram Hatcheput.
No antigo Egito os anos eram contatos quando um novo faraó ascende. Com Hatcheput isso não aconteceu, pois ela preferiu que seus anos de reinados fossem somados aos de seu enteado Tutmés III. No ano 7 de seu reinado ela assume os cinco nomes dados a um faraó. Esses nomes eram adotados após a ascensão do faraó. Um dos nomes era o de nascimento e os outros quatro eram variantes ganhados ao longo da vida.
Seu império foi regido por um grande momento de paz e prosperidade econômica. Acreditam ter tido apenas dois grandes “ataques” na época de seu reinado. Um deles foi a Núbis (Egito) e a outra foi a Punt (atual Somália). Ambos foram invasões pacificas tendo trocas de objetos desejados e retorno a cidade de origem.
Dois de seus ministros ficaram famosos. Um deles era Senemut que era um sumo sacerdote de Amon. Além disso, ele foi o preceptor da filha de Hatcheput.
Hatcheput faleceu aos 37 anos e seu enteado Tutmés III assumiu o trono. No templo dedicado a ela e diversas pinturas sobre a faraó. Em algumas ela aparece sem seios e de barba. Os historiadores acreditam que ela que pediu esse tipo de pintura. O fato de ser pintada sem seios não lhe dá um impressão de fragilidade enquanto a barba simboliza o poder. Já sem outras representações ela é voluptuosa e acredita-se que ela não era assim, apenas foi retratada de forma matriarcal, farta.
Seu reinado foi obscuro para os arqueólogos e para os historiadores já que se acreditava ter tido apenas farós homens. Em sua tumba após testes de DNA descobriram seu sexo e que ela veio a falecer por uma inflamação na gengiva.


02 fevereiro 2012

Durga

Durga é o aspecto feminino do divino. Ela é na maioria das vezes representada como uma deusa guerreira com 10 braços que cavalga em um tigre ou um leão. Ela carregada armas, uma concha e flor de lótus, além de praticar mudras (símbolos com as mãos). Seu nome significa “a invencível”. Os hindus acreditam que ela é a protege todos dos demônios e da miséria além de destruir pensamentos como inveja, ódio e orgulho. De acordo com os hindus Durga se encontra no estado svātantrya (autossuficiente independente das coisas ou pessoas) e de compaixão. Durga quando se encontra diante de grandes batalhas se enche de paciência e coragem e nunca perde seu senso de humor. Durga pode assumir outros nomes como Parvati, Ambika ou Kali.
Durga é mãe de Ganesha (mestre do intelecto e da sabedoria), Kartikeya (), Lakshmi (É personificação da beleza, da fartura, da generosidade e principalmente da riqueza e da fortuna) e Saraswati (Guardião da terra).
Durga se veste de vermelho, pois tal cor simboliza a ação. Isso significa que a Deusa esta sempre ocupada nos protegendo-nos do mal, da dor e do sofrimento.
Ela esta sempre ao lado de um tigre que simboliza a forca ilimitada. Quando ela esta em cima do trigo ela esta dizendo que sua força é ilimitada. Sua forma de 10 braços significa as 10 encarnações terrenas de Vishu.
Além disso, Durga carrega em suas mãos a concha que simboliza o primeiro som o AUM, som de criação do universo e a diversidade de armas em suas mãos são para que possa matar os diversos monstros e pensamentos. A flor de lótus carregada por ela simboliza a superação, resistência e sucesso.
Na Caxemira, Durga é adorada com o nome de Shaarika e o seu principal templo esta em Hari Parbat em Srinagar. Seu festival se chama Vijaya Dashmi que significa o decimo dia. São nove dias de festas e elas estão por toda a parte na Índia. A cada um dos nove dias se festeja um dos nove aspectos de Durga. No estado de Gujarat existe um decimo dia de comemoração onde se dança a dança de Durga, o Garba. Em Mysore Karnataka , ela é adorada como Chamundeshwari , a deusa padroeira da cidade durante Dussehra Durga é adorada independentemente das diferentes castas. Ela é vista como uma deusa justa. Seu festival se chama Durga Puja