"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

11 janeiro 2010



A origem do nome do mês de Janeiro.

Janeiro tem este nome por ser consagrada a Jano, divindade masculina da mitologia romana, muito popular entre os romanos.

Nos antigos rituais, o seu nome era invocado antes do de Júpiter. Jano era o deus do céu luminoso, o deus das origens e princípio de toda a existência. Era ele quem abria e fechava a luz do céu. Por isso Jano é o deus de todos os começos e tudo o que se fecha, sendo o patrono de todos os finais.

Jano foi anfitrião de saturno no seu exílio quando destronado por seu filho júpiter. Por sua hospitalidade Saturno concedeu a Jano uma benção o dom da mais alta prudência, conferindo-lhe o poder de ver o passado e o futuro ao mesmo tempo. E foi por este motivo que os romanos cunhavam sua moeda com seu rosto em duas faces uma para cada lado; o passado e o futuro.




Janeiro sendo referencia a um deus, que olha o passado e o futuro ao mesmo tempo relembra-nos que sem um passado não é possível construir um futuro. Pois bem este é um momento que será importante fazer a análise de quais foram os pontos marcantes do que se passou que nos trouxeram ao estado em que estamos hoje. Relembrar o nosso percurso de forma consciente para podermos alterar algumas coisas que não estejam bem e definir outras, este é o propósito.

Por isso: se você tem pendências familiares este é um bom mês para resolvê-las; para saldar seus antepassados cultive flores que lembrem sua infância, cuidando de álbum de fotos em fim dando ênfase a qualquer memória da sua corrente ancestral.
Bom momento para pedir ajuda para assuntos relacionados a heranças, ou perdão a familiares, reconciliações ou qualquer outra pendência.
Olhe para o passado para aprimorar seu futuro...



A Criadora de tudo
No princípio, o mundo não existia. As trevas cobriam tudo, então brotou de si mesma uma mulher, surgiu suspensas em brancas nuvens, nuvens mágicas e cobriu-se de enfeites que se transformaram em sua morada feita de quartzo. Ela mesma se chamou Yebá Beló, a Avó do universo.
Aconteceram coisas mágicas para que ela pudesse criar a si própria, havia cinco mistérios dos quais ela se formou. Por isso ela mesma se chamava a não criada. Essa mulher ficou então pensando como deveria ser o mundo em sua morada de quartzo. E enquanto pensava mascou ervas mágicas e fumou tabaco. Seu pensamento começou a tomar forma e levantar-se como se fosse uma esfera, culminando numa torre. A esfera ao elevar-se incorporou toda a escuridão, dessa maneira a escuridão ficou dentro daquela esfera que era o universo, mas ainda não havia luz. Só na morada de Yabá Beló havia luz, e ela a chamou de sua barriga, o universo.
Era como se fosse uma grande maloca, então ela quis povoar esta CASA. Mascou mais ervas e fumou seu tabaco invisível. Tirando as erva da boca, com ela sua saliva, criou os Homens da pedra branca, e os chamou Os seres trovão. “Ela saudou os seres por ela criados que eram imortais. “Olá irmãos”. E eles responderão. “Olá Avó do universo e de tudo o que existe!”. e eles habitaram parte de sua casa, que um morcego de asa enorme guardava. Yebá Beló disse aos cinco seres trovão que criassem outros seres que fossem mortais, mas eles, com preguiça, não obedeceram. Então, fumando mais tabaco ela criou um ser de fumaça, que se transformou em carne. Era seu bisneto Yebá ngomãn, que a saudou: “ Ola Grande Bisavó”. E ela deu a ele um bastão com penas e sementes femininas e masculinas,e, na torre do grande morcego, o bastão adquiriu um rosto humano, que se transformou no sol. Yebá Beló soltou o sol para iluminar o mundo. E depois criaram todas as criaturas. As primeiras mulheres tinham um delicioso aroma de abacaxi no verão.

“Conto indígena brasileiro sobre a criação do mundo
da tribo Desanã, Alto Xingu”.