"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

06 dezembro 2010


A HISTÓRIA DE ANNE
Os elfos são mesmo muito sedutores e é muito difícil uma mulher humana resistir à eles. A maioria das vezes são bem pequenos, mas não os impede de fazer-se amar pelas mortais, como demonstra a história de uma tal Anne Jefferis, que viveu no século XVIII, na época da guerra civil inglesa:

Um certo dia, Anne caminhava no limite de um bosque quando ouviu um rumor entre as folhas. A princípio pensou que fosse algum amigo que queria surpreendê-la. Porém ouviu uma risada contida acompanhada por sons cristalinos. Levantou os olhos e descobriu com estupefação seis pequenos elfos verdes, muito semelhantes aos homens, que a olhavam rindo.

Amigável, Anne estendeu a mão até o mais belo dos seis, o que tinha uma pluma vermelha em seu chapéu. De um salto, o elfo se posicionou na palma de sua mão e começou a dizer-lhe palavras galantes. A jovem colocou o minúsculo homenzinho sobre seus joelhos, porém ele pulou até sua blusa e beijou seu pescoço. Anne, encantada não fez nada. Os outros cinco pequenos elfos, animados com a façanha, se apressaram para também cobri-la de beijos.

Um deles roçou seu olho e no mesmo instante, Anne sentiu que tinha sido transportada pelos ares. Quando sentiu novamente o solo embaixo de seus pés, abriu os olhos e contemplou à sua volta uma paisagem magnífica, com esplêndidas árvores e flores maravilhosas que desprendiam perfumes delicados.
Havia palácios de ouro e prata, lagos cheios de peixes brilhantes e pássaros exóticos que cantavam no ar. Anne viu também seres humanos ricamente vestidos que passeavam naquele paraíso e jurou que nunca abandonaria aquele lugar.
Por desgraça, a pobre ingênua cometeu o erro de se isolar com seu belo amigo de pena vermelha, o que deixou os outros cinco elfos furiosos, os quais, seguidos por uma multidão também enfurecida, foram interromper seus mútuos carinhos. Anne se sentiu de novo transportada pelos ares. Quando voltou a abrir os olhos estava rodeada de seus vizinhos preocupados com ela. Os elfos haviam desaparecido, porém o seu amigo de pena vermelha seguiu protegendo-a: todos os dias lhe levava comida mágica dos elfos, que curava todos os males.

Anne ficou famosa como curandeira e vinha pessoas de todos os lugares para consultar-lhe e ouvir sobre suas aventuras no reino encantado do Povo Pequeno. Essa celebridade à indispôs com as autoridades locais, que a detiveram em 1646 para enviá-la ao cárcere acusada de bruxaria. Uma vez mais, seu amante élfico, foi ajudá-la e a libertou. Porém, Anne, ressabiada, nunca mais quis falar sobre sua estada no País dos Elfos.

08 setembro 2010




Equinócio de Primavera

Deusa Eostre

Esta deusa é honrada em Ostara, grande Deusa Mãe saxônica da Alvorada, da Luz Crescente da Primavera e do Renascimento da Vegetação.
Segundo a Lenda, Eostre encontrou um pássaro ferido na neve. Para ajudá-lo, transformou-o numa lebre, mas a transformação não ocorreu por completo e o animal permaneceu com a habilidade de colocar ovos. Como agradecimento por ter lhe salvado a sua vida, a lebre decorou os ovos e levou-os como presente para a Deusa Eostre. Então a deusa maravilhou-se com a criatividade do presente e, quis então, partilhar a sua alegria com todas as crianças do mundo. Criou-se assim, a tradição de se ofertar ovos decorados na Páscoa, costume que ainda hoje em dia se tem.

Os ovos são símbolos de fertilidade e vida. Uma tradição antiga dizia que se deveriam pintar os ovos com símbolos equivalentes aos nossos desejos. Mas, um dos ovos deveria ser sempre enterrado, como presente para a Mãe Terra.

A Lebre da Páscoa era o animal sagrado da nossa deusa teutônica da Primavera, Eostre, a Deusa Lunar que dava fertilidade à terra e tinha cabeça de Lebre. A palavra inglesa para Páscoa,*Easter, provém do nome da deusa Eostre, também designada Ostara ou Eostar. O dia do culto de Eostre, a Páscoa (Easter), que ainda é praticado pelos seguidores da tradição celta, é no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia, após o equinócio da Primavera, ocorrendo entre os dias 19 e 22 de Março no hemisfério norte e 21 e 25 de setembro no hemisfério sul.

Mais uma vez, tal como com o Yule (Natal), a Páscoa como festividades cristã teve origem numa festividade pagã. A adaptação que os cristãos tiveram que fazer para evitar as celebrações puramente pagãs, acaba por se refletir numa tradução dos costumes pagãos para os cristãos.

07 maio 2010

Maio

O mês tem este nome em honra da Bona Dea ou Maia, divindade a quem era dedicado o primeiro dia de Maio, festejado desde tempos imemoriais com uma festa chamada do Maio ou das Maias: a saudação ao renascer da vida vegetal.




Deusa Diana
Falar de Artemis (Diana) é pra mim uma emoção imensa, pois essa Deusa é dona da minha casa Protetora dos meus caminhos senhora dos meus sonhos mentora do meu clã. No dia 24 de maio a Stregaria comemora Artemis/Diana.
Todos nós conhecemos a imagem de Ártemis (Diana, para romanos), que foi esculpida e pintada como uma deusa lunar esquia, virginal, acompanhada de cães ou leões e trazendo um arco dourado nas mãos. Ela era a deusa mais popular da Grécia.
Ela habita as florestas, bosques e campinas verdejantes, onde dança e canta com ninfas que a acompanham. Em seu culto, estão presentes danças orgásticas e o ramo sagrado. Ela era uma deusa de múltiplas facetas associadas ao domínio da Lua, virgem, caçadora e parteira e de fato representa o feminino em todos os seus aspectos.
Quando Ártemis era pequena, Zeus, seu pai, perguntou-lhe qual o presente que ela gostaria em seu rito de passagem (puberdade)
Ártemis respondeu:
- Quero correr livre e selvagem com meus cães pela floresta e nunca não precisar me casar. Assim foi feita a sua vontade.

Alguns autores traçam suas origens às tribos caçadoras de Anatólia, que teria sido a morada da mítica amazonas. Outros afirmam que sua descendência provém da grande deusa da natureza Cibele, na Ásia Menor, uma Senhora das Feras que costumava estar sempre rodeados de leões, veados, pássaros e outros animais.
Mas também é provável que Ártemis remonte à era paleolítica, pois em sua homenagem os caçadores gregos penduravam os chifres e peles de suas presas numa árvore ou em uma pilastra em forma de maça.


O Arquétipo da feminilidade desta Deusa-Virgem começa a se tornar importante novamente. Afinal Artemis nos ensina a individualidade, nos da força para acharmos nosso espaço.
Ártemis/Diana é tão linda quanto a Deusa Afrodite, ela nos fala que a solidão, a vida natural e primitiva pode ser benéfica em algumas fases de nossa vida. Amazona e arqueira infalível, a Deusa garante a nossa resistência a uma domesticação excessiva.




Invocação a Diana/ Ártemis

Oh, minha Deusa Diana
Escuta a voz de meu coração
Ouça a minha canção de adoração
O céu na Lua Cheia se enche com sua beleza
Que seu feixe de prata
Abra as portas dos sonhos
Minha amada Deusa Lua
Ensina-me seus mistérios antigos
Presenteia-me com a sabedoria
Ajuda-me a afastar espíritos opressores
Que a cura se opere dentro por completo de mim
Abençoa-me e recebe-me como sua filha
Quando meu corpo cansado repousar esta noite
Fale com meu espírito interno
Ensina-me, Rainha da Noite
Sou sua serva amada Senhora
Me de a flecha certeira
E a libertação.

Estamos te convidando a conhecer Santa sara de Kali e a cultura cigana no endereço http://caminhandoparaaradia.blogspot.com/

08 março 2010




MARÇO

Março vem do latim Martius que era o primeiro mês do primitivo calendário romano. O seu nome deriva de Marte, deus da guerra. É o terceiro mês do ano no calendário gregoriano. É um dos sete meses com 31 dias.
O nome Março surgiu na Roma Antiga, quando Março era o primeiro mês do ano e chamava-se Martius, depois Marte, o deus romano da guerra, que também era venerado como divindade da vegetação.
Em Roma, onde o clima é mediterrânico, este é o primeiro mês da primavera, um evento lógico para se iniciar um novo ano, bem como para que se comece a temporada das campanhas militares.
Este, era um deus que muito agradava aos romanos pela sua função guerreira e, também porque à ele fora atribuído a paternidade de Rômulo e Remo – os fundadores da cidade.
Quantidade de dias: 31 dias
Estação do ano: Fim do verão e inicio do outono no hemisferio sul.





PACHAMAMA

"Pacha" significa "tempo" na língua Kolla, mas seu significado engloba o universo, o mundo, o tempo, o lugar, enquanto que "Mama" é mãe.
Ela é adorada em suas várias formas: os campos arados, as montanhas como seios e os rios caudalosos como seu leite. Refere-se também, ao tempo que cura as dores, que distribui as estações e que fecunda a Terra. Esta Mãe Terra teve seu culto idolatrado por todo o Império, pois era a encarregada de propiciar a fertilidade nos campos. Para garantir uma boa colheita, espalha-se farinha de trigo na plantação e celebram-se rituais em sua homenagem.
A Pachamama é considerada a Mãe dos homens, é ela que amadurece os frutos e multiplica o ganho. Tem o poder que lhe permite acabarem com as geadas, pragas, assim como outorga sorte as casas. Também é conveniente solicitar sua permissão e proteção para viajar por territórios montanhosos. A sua influência benéfica impede que o "mal das alturas" afete os viajantes.
Dizem que Pachamama é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses indígenas lhe devem obediência. Quando as pessoas deixam de respeitá-la, esta Deusa-dragão manda terremotos para lembrar os homens de sua presença.
Bem apesar de se comemorar Pachamam no primeiro dia de agosto creio que estamos precisando olhar mais para essa Deusa todos os meses do ano.

Eu canto uma canção de amor
A partir das pedras do meu corpo
Dos picos mais altos das minhas montanhas
Das areias quentes dos meus desertos
Eu a acaricio com folhas verdes
Plantas verdes
Eu a banho em vegetais
Alimento-a em seus seios
A Terra
Eu a acalmo com águas cintilantes
Refresco-a com meus oceanos
Minha canção de amor para você
É o meu corpo
A Terra
Para alimentá-la
Vesti-la
Acolhê-la
Aprenda a minha canção
E ela vai curar você
Cante a minha canção e ela a fará inteira
Dance comigo e você será sagrada.

01 fevereiro 2010


A origem do nome do mês de Fevereiro

A palavra Fevereiro vem do verbo latino februare, que significa "purificar", e está relacionado como Deus Etrusco Febro mais tarde identificado com o deus romano Plutão que tem por sua vez um festival da colheita chamado Februália. Este Deus também era o Deus dos mortos e das iniciações. Agrícola era vital para os romanos, por isso eles possuem vários festivais pelos meses do ano ligados aos deuses da agricultura. Mas a Februália não era tempo de regozijo. “Orações e oferendas pediam para que a chegada da primavera – e o novo ano – trouxesse boa colheita.”

Fevereiro possui alguns dias dedicados pelos pagãos ás deusas da terra:

Mais de mil nomes denominam a Deusa Mãe-Terra de todos os tempos e de todas as culturas da humanidade. Todas elas são veneradas como Deusas, mas amadas como Mães.

Fevereiro e suas Festas


Festa de Iemanja
Data: 02 de fevereiro
Dia: Sábado
Metal: Prata e Prateados
Pedra: Água marinha
Cor: Branco, cristal, azul e rosa
Elementos: águas doces que correm para o mar, águas do mar

Sua História
No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, é mãe dos peixes que representam fecundidade.
Considerada a Rainha do Mar e mãe de quase todos os Orixás, Iemanjá é uma "abrasileirada" de deusa, resultado de uma mistura de elementos europeus e africanos. Na religião africana a cultura do Candomblé é considerada a rainha de tudo que vem do mar então protetor da pesca e dos marinheiros.
Também considerada deusa da maternidade, da fertilidade, da procriação, da fertilidade e do amor. Como a mulher normalmente é representada com grandes peitos.
Seu dia é sábado. Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe de quatro a sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Os devotos vão às praias vestidas de branco para fazer suas próprias oferendas: pentes, velas, sabonete, espelhos, flores, perfumes, etc. Os presentes estão preparados dentro dos barcos que são empurrados para o mar.
Sua cor é o branco com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado em forma circular, com uma sereia recortada no centro.
A minha mãe Yemanjá
Eu exalto a mãe das águas
Peço-lhe fartura de minha pesca
quando deste alimento eu precisar
YéYé Omó Ejá
Mãe cujos filhos são peixes
Conceda-me boa navegação pela vida
YéYé Omó Ejá
Yemanjá que se estende na amplidão,
Senhora que vive na água funda,
Faz o mar virar estrada,
Quando eu ali tiver que passar


Deusa Brighid
Data: 2 de fevereiro
Elementos: Fogo da inspiração, os metais, as erva medicinais.
Atributos: cura, fertilidade, parto, centelha da vida, os poços de águas. Criadora das Ondas; Senhora do Mar

Sua Historia
Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros ourives e artesãos). Senhora da fertilidade. Brighid é a Deusa da forja, do parto, da poesia e da cura, tem uma forte ligação com os poetas e os xamãs.
Deusa do fogo, a centelha da vida, e até os dias de hoje conserva-se o costume do fogo perpétuo mantidos em seu templo, em Kildare na Igreja do Oak, no leste da Irlanda, na província de Leinste. As lendas celtas descrevem-na como a Deusa em sua apresentação de Donzela tocando, com seu Bastão Mágico, a terra congelada pelo Cajado da Anciã, despertando-a para a vida e aumentando a luz do dia. "
Nos mitos arturianos, a espada que simboliza Arthur, Excalibur, é forjada por mulheres em Avalon, a Ilha das Maçãs. Brighid também tinha um pomar mágico de maçãs, na qual as abelhas viajavam para obter o néctar abençoado, além de ser a guardiã dos poços da Grã-Bretanha e da Irlanda, conhecidos como a voz Soberana da Deusa. A Senhora do Lago é a face da Deusa da Soberania, a mãe de reis e heróis. Para comemoras Brighid acenda velas fazendo caminhos iluminados no seu dia e tenha boas inspirações.

Deusa Brigid,
Prepara nossos corações
Para que amor possa viver.
No mundo escuro
Deixa-nos sempre ter tua Luz.

Deixa tua capa
cobrir essa família,
No meio do inverno
Deixa teu fogo esquentar.

Nossas vidas são uma vida
Nossos sonhos, um sonho só.
Deixa meu povo dividir na vida
e sempre conhecer tua bondade.

Estou esperado vocês também em a spirale

11 janeiro 2010



A origem do nome do mês de Janeiro.

Janeiro tem este nome por ser consagrada a Jano, divindade masculina da mitologia romana, muito popular entre os romanos.

Nos antigos rituais, o seu nome era invocado antes do de Júpiter. Jano era o deus do céu luminoso, o deus das origens e princípio de toda a existência. Era ele quem abria e fechava a luz do céu. Por isso Jano é o deus de todos os começos e tudo o que se fecha, sendo o patrono de todos os finais.

Jano foi anfitrião de saturno no seu exílio quando destronado por seu filho júpiter. Por sua hospitalidade Saturno concedeu a Jano uma benção o dom da mais alta prudência, conferindo-lhe o poder de ver o passado e o futuro ao mesmo tempo. E foi por este motivo que os romanos cunhavam sua moeda com seu rosto em duas faces uma para cada lado; o passado e o futuro.




Janeiro sendo referencia a um deus, que olha o passado e o futuro ao mesmo tempo relembra-nos que sem um passado não é possível construir um futuro. Pois bem este é um momento que será importante fazer a análise de quais foram os pontos marcantes do que se passou que nos trouxeram ao estado em que estamos hoje. Relembrar o nosso percurso de forma consciente para podermos alterar algumas coisas que não estejam bem e definir outras, este é o propósito.

Por isso: se você tem pendências familiares este é um bom mês para resolvê-las; para saldar seus antepassados cultive flores que lembrem sua infância, cuidando de álbum de fotos em fim dando ênfase a qualquer memória da sua corrente ancestral.
Bom momento para pedir ajuda para assuntos relacionados a heranças, ou perdão a familiares, reconciliações ou qualquer outra pendência.
Olhe para o passado para aprimorar seu futuro...



A Criadora de tudo
No princípio, o mundo não existia. As trevas cobriam tudo, então brotou de si mesma uma mulher, surgiu suspensas em brancas nuvens, nuvens mágicas e cobriu-se de enfeites que se transformaram em sua morada feita de quartzo. Ela mesma se chamou Yebá Beló, a Avó do universo.
Aconteceram coisas mágicas para que ela pudesse criar a si própria, havia cinco mistérios dos quais ela se formou. Por isso ela mesma se chamava a não criada. Essa mulher ficou então pensando como deveria ser o mundo em sua morada de quartzo. E enquanto pensava mascou ervas mágicas e fumou tabaco. Seu pensamento começou a tomar forma e levantar-se como se fosse uma esfera, culminando numa torre. A esfera ao elevar-se incorporou toda a escuridão, dessa maneira a escuridão ficou dentro daquela esfera que era o universo, mas ainda não havia luz. Só na morada de Yabá Beló havia luz, e ela a chamou de sua barriga, o universo.
Era como se fosse uma grande maloca, então ela quis povoar esta CASA. Mascou mais ervas e fumou seu tabaco invisível. Tirando as erva da boca, com ela sua saliva, criou os Homens da pedra branca, e os chamou Os seres trovão. “Ela saudou os seres por ela criados que eram imortais. “Olá irmãos”. E eles responderão. “Olá Avó do universo e de tudo o que existe!”. e eles habitaram parte de sua casa, que um morcego de asa enorme guardava. Yebá Beló disse aos cinco seres trovão que criassem outros seres que fossem mortais, mas eles, com preguiça, não obedeceram. Então, fumando mais tabaco ela criou um ser de fumaça, que se transformou em carne. Era seu bisneto Yebá ngomãn, que a saudou: “ Ola Grande Bisavó”. E ela deu a ele um bastão com penas e sementes femininas e masculinas,e, na torre do grande morcego, o bastão adquiriu um rosto humano, que se transformou no sol. Yebá Beló soltou o sol para iluminar o mundo. E depois criaram todas as criaturas. As primeiras mulheres tinham um delicioso aroma de abacaxi no verão.

“Conto indígena brasileiro sobre a criação do mundo
da tribo Desanã, Alto Xingu”.