"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

28 dezembro 2011

Joana D'arc

“Tive a sensação de vislumbrar a dimensão do Mundo
quando experimentei ver pelos teus olhos”
Joana D'Arc


Joana D’arc nasceu no ano de 1412. Era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée. Às vezes chamada de donzela de Orléans, Joana D’arc hoje é santa padroeira da França e virou uma heroína da Guerra dos cem anos. Joana era descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta e virou mártir francesa somente no ano de 1920.
Joana só foi reconhecida pela França no século XIX devido ao nacionalismo que aflorou nos franceses. De acordo com Ernest Gellner, filósofo e antropólogo Joana D’arc só foi redescoberta como uma personagem trágica.
Joana foi homenageada no ano de sua morte (1431) pelo poeta francês François Villon no poema cujo nome é “Balada das damas do tempo passado”
Grandes escritores escreveram sobre ela também como Shakespeare que a descreveu como uma bruxa. Voltaire falou dela através de um poema satírico cujo nome é “A Donzela de Orléans”
Joana nasceu na cidade Domrémy, na região de Lorena na França. Ela aprendeu com sua mãe os afazeres das mulheres da época como fiar e costurar. Por ser extremamente religiosa fugia de casa para realizar suas orações.
Joana dizia que ouvia vozes com frequência e as intitulava como sendo de São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida. Ela dizia que as ouvia mais ou menos duas ou três vezes por semana e tais vozes lhe diziam o que ela tinha que fazer e no que ela ia se tornar.
Essa heroína do ano de 1400 costumava se vestir com roupas masculinas para que ela não fosse molestada ou estuprada nos campos de batalha ou na prisão antes de sua morte.







A Guerra dos Cem Anos aconteceu devido ao Duque da Normandia ter se apoderado da Inglaterra no ano de 1066. Devido a isso os ingleses começaram a adquirir ducados nas terras francesas. Os duques franceses apesar de serem submissos ao Rei se voltaram contra o mesmo. Quando a França tentou recuperar esses territórios acabou eclodindo uma das guerras mais longas e sangrentas da história. Na realidade a guerra dos cem anos durou 116 e provocou milhares de mortes. Os franceses estavam divididos entre dar suporte ao Duque de Borgonha (borguinhões) ou ao Duque de Orléans (armagnacs). Com a morte de um dos armagnac as ruas de Paris viraram uma guerra civil.
Aos 16 anos Joana foi a Vaucouleurs e ajudou a escoltar um Delfim. Apesar de sua popularidade o Delfim desconfiava dela. Todos muito desconfiados a fizeram passar por uma prova. Encheram uma sala cheia de nobres para que ela encontra-se o Rei. Assim foi feito e dizem que ela disse: “Senhor, vim conduzir os seus exércitos à vitória".
Joana pediu ao Rei o controle das tropas e ainda muito arredio ela a fez passar por um interrogatório. Validando assim sua virgindade e seu caráter. Ele a entregou uma espada, um estandarte e toda a sua tropa.







Com um exercito de aproximadamente 4000 homens expulsou os invasores e ganhou a batalha que mais tarde foi conhecida como “Libertação de Orléans”. Após essa conquista Joana não perdeu nenhuma batalha. Teve vitória na batalha de Meung-sur-Loire, batalha de Beaugency e na Batalha de Patay, sua ultima conquista em campos abertos. Joana levou o Rei Carlos VII para sua coroação oficial e assistiu em uma vista privilegiada. Logo após a coroação Joana foi capturada pelos borguinhões que eram aliados dos ingleses que após sucessivos interrogatórios a venderam para os Ingleses. Joana passou dias de cadeia e era vigiada por cinco homens. Seu processo era chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon.
Dez sessões foram feitas sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas, que resultaram na acusação de heresia e assassinato.
Na decima primeira sessão Joana foi ouvida pela primeira vez. Joana foi interrogada sobre as vozes que costumava ouvir e sobre suas vestes. Poucos dias depois Thomas de Courcelles fez a leitura dos 70 artigos da acusação de Joana, e que depois foram resumidos a 12. Estes artigos sustentavam a acusação formal para a tal heroína buscando sua condenação. No mesmo dia em que resumiram suas acusações a 12 artigos Joana começou a passar mal devido a veneno ingerido pela comida. Os Ingleses a trouxeram médicos, pois queriam uma execução formal. Ela foi condenada por heresia.
Joana foi queimada viva aos 19 anos no ano de 1431. A cerimónia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché). Após sua execução suas cinzas foram jogadas no Rio Sena para que não se torna-se objeto de veneração publica.
No ano de 1456, Joana D’arc foi considerada inocente pelo Papa Calisto III. O processo que a condenou a morte foi invalidado e ela virou Santa.
Ela foi proclamada Mártir pela Pátria e da Fé.



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