"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

22 dezembro 2011

Charlotte Brontë- Revolução literária

Charlotte Bronte nasceu em Thornton, Yorkshire em 1816. Filha de um pastor irlandês com uma campesina. No ano de 1820 mudou-se para Haworth, pois seu pai foi chamado para trabalhar na Igreja de São Miguel. Um ano depois da sua mudança sua mãe faleceu e deixou a encargo da sua irmã mais velha Elizabeth Branwell o cuidado dela, seu irmão e suas quatro irmãs. Em 1824 ela e duas de suas irmãs foram enviadas para a escola anglicana. Durantes seus anos na escola suas irmãs morreram de tuberculose e devido a isso o seu pai a retirou dos estudos.
No retorno a Haworth ela e suas outras duas irmãs, Emily e Anne brincavam de contar e descrever a vida das pessoas da cidade. Através de poemas descreviam a vida cotidiana. Isso a inspirou para se tornar escritura.
Somente no ano de 1931 que ela retornou aos estudos e foi nessa época que ela conheceu Ellen Nussey e Mary Taylor. Com Ellen Nussey trocou mais de 500 cartas o que facilitou o surgimento de sua biografia póstuma (após a morte).
Nessa mesma época ela escreveu seu primeiro romance “O Anão Verde” (1833) sobre o codinome de Wellesley. Trabalhou durante bons anos como governanta em diversas casas da cidade. No cunho politico apesar de ser tímida discutia suas crenças em praça publica e pregava a tolerância ao invés da desordem. Ela hoje é referencia na literatura inglesa. Escreveu diversos romances e mais tarde aderiu o pseudônimo de Currer Bell.







Suas irmãs Emily e Anne chegaram a fundar uma escola que não sobreviveu devido ao fato de serem mulheres. Logo após essa decepção optaram pela escrita como forma de trabalho.
No ano de 1846, Charlotte e suas irmãs Emily e Anne publicaram uma coleção de poesias juntas. Seus codinomes eram Currer, Ellis e Bell Acton. Somente venderam duas cópias. Apesar disso, suas irmãs continuaram a escrever só que separadas. Charlotte pouco tempo depois publicou alguns romances. Seus romances foram considerados grosseiros para os críticos literários. Houve especulações sobre seu codinome Currer Bell e se realmente ele era homem.
Em 1847, Charlotte publicou “Jane Eyre”, e depois em 1849 “Shirley” e “Villette” em 1853. Esses foram seus romances mais famosos.
Seu irmão faleceu no ano de 1848 de bronquite crônica, apesar disso Charlotte acreditava que seu irmão havia falecido de tuberculose. Alguns ainda acharam que ele morreu devido a uso de ópio. Na família só restava ela, suas duas irmãs, Emily e Anne, e seu pai. Um ano após a morte de seu irmão suas irmãs vieram a falecer de tuberculose.
Após o sucesso de um de seus livros (Jane Eyre) Charlotte foi persuadida pela sua editora a conhecer Londres e revelar sua verdadeira identidade. Assim foi feito por ela. Charlotte começou a fazer parte de um circulo social extremamente importante e fechado.
Conheceu Harriet Martineau, Elizabeth Gaskell, William Makepeace Thackeray e GH Lewes, a maioria era escritor, filósofo ou critico de arte.
Tal livro de grande sucesso criou um movimento feminista na literatura, coisa que antes era proibido (mulher não escrevia naquela época). Seu romance, Jane Eyre tinha como personagem principal Jane Eyre que era a própria escritora.







Em junho do ano de 1854, Charlotte casou-se com Arthur de Bell Nicholls. Para alguns críticos literários seu marido virou personagem em algumas de suas obras. Logo após seu casamento ela engravidou e sua saúde começou a declinar. De acordo com uma de suas amigas e biografa Gaskell, Charlotte devido à gravidez tinha sucessivos ataques de enjoos e vômitos. Ela faleceu aos 38 anos logo após o parto com seu filho ainda nos braços. No atestado de óbito consta tuberculose, mas os biógrafos acreditam que ela tenha falecido de desnutrição devido a seus enjoos e vômitos constantes. Alguns creem que ela faleceu de Tifo, pois um de seus empregados mais antigos faleceu disso meses antes dela. Charlotte foi enterrada no jazigo da família na igreja de São Miguel onde seu pai trabalhou.
Sua biografia póstuma foi escrita por sua amiga Gaskell e leva o nome de “A vida de Charlotte Brontë”. Essa foi à primeira de muitas biografias sobre Charlotte. Gaskell em sua escrita suprimi o amor que Charlote carregava por um homem casado cujo nome era Heger. Para época aquele amor seria uma afronta à sociedade e a moral contemporânea. Além de poder ofender seu marido e amigos. Além dessa história de amor não contada no livro de Gaskell houve pequenas outras omissões. No livro de Juliet Barker sobre Charlotte “O Brontës” essas omissões são contadas e a fonte de veracidade é o diário da irmã de Charlotte, Emily.







“A vida é muito curta para ser gasta nutrindo animosidade ou registrando erros.”
Charlotte Bronte

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