"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

09 janeiro 2012

Deusa Pele

A deusa Pele foi uma das primeiras deidades que habitou as ilhas. Ela era uma deusa zelosa e apaixonada de uma cultura que praticava a poligamia (vários maridos).
A deusa pele é a deusa do fogo e dos vulcões. À medida que seus rios implacáveis de lavas causam destruição em marcha até o oceano, uma nova terra é criada, o que evidencia a dualidade da destruição e criação como arquétipo de transformação permanente. A deusa Pele é reverenciada hoje como aquela capaz de retomar o equilíbrio da natureza.
É esta deusa que mobiliza o centro da terra para reacomodar as energias perdidas. Para demonstrar sua devoção à Deusa, os havaianos a glorificam com cantos e danças sagradas. Estas danças sensuais e místicas se denominam "Hula" e são o único vestígio da antiga vida havaiana. Os sons da Hula não são compostos por mortais, mas pelo espírito de Pele que os transmitem aos seus cultuadores. Acredita-se que todos aqueles que aprendem as danças estão possuídos por Pele. Um erro nos passos representa que Pele rejeitou o dançarino.







A Hula é a dança havaiana que conta uma história. A música é formada por cantos repetitivos chamados de MELE, podem ser recitados ou combinados com música. A Hula começou no antigo Havaí como uma forma de adoração. Os instrumentos eram feitos de material natural: Ipu (cabaça), Ipu Heke (combinação de duas cabaças uma pequena e uma grande), Puniu (metade de um côco coberto com pele de tubarão) e o Ukele (um violão pequeno). As mãos e os movimentos de pernas combinam com a expressão facial e a dança por si mesmo conta a história da Hula. A Hula sobrevive hoje através de estudos, competição e shows. Mas muito está na preservação dos HALAUS, escolas de dança, que ainda preservam a essência da cultura havaiana. Um Halau é dirigido por um Kumu Hula, professor de Hula, e quem faz parte de um Halau é chamada de Haumana, aluna ou estudante. Os colares têm diversos usos e significados. MAILE é uma flor tradicionalmente oferecida a Laka, a deusa da dança, e esta é uma das razões pelo qual os dançarinos são adornados com esta flor. Os colares são dados a pessoas que chegam ou partem do Havaí com o significado de amor ou amizade. As flores são usadas em adoração ou e ocasiões especiais como formaturas, casamentos e aniversários. Os colares podem ser feitos de flores, folhas, penas, sementes, dentes de animais. Eles podem ser costurados, amarrados, trançados ou envoltos. Para os havaianos a Hula ou Dança Havaiana é tanto uma celebração pela vida como um atestado de orgulho da identidade cultural.






De acordo com a lenda, a Hula se originou quando Pele, a deusa havaiana do fogo, mandou sua irmã mais nova Hi’iaka dançar. As escolas iniciaram em honra a deusa da dança e templos foram dedicados a ela. Os dançarinos viviam nos templos sujeitos ao regime de árduo treinamento e KAPU (proibições) apropriados a sagrada arte da Hula. A Hula foi o método pelo qual os havaianos passavam adiante as histórias e lendas de sua cultura para as próximas gerações. HULA KAHIKO ou Hula Antiga usa danças e cânticos para relatar orgulho e história, costumes, cerimônias e tradições do antigo Havaí e seu povo. HULA A’UANA ou Hula Moderna, é a dança com a qual a maioria das pessoas está familiarizada, que combina dança e música mais alegre, contagiante e espirituosa recontando a vida contemporânea nas ilhas. Missionários que chegaram as ilhas em 1820 acharam que a Hula era um pouco sugestiva e a colocaram fora dos padrões como uma prática pagã. Entretanto, durante o reinado de David Kalakaua (1874-1891) houve um ressurgimento dos antigos costumes havaianos, incluindo atividades esportivas e Hula. “Hula é a linguagem do coração e, portanto a batida do coração do povo havaiano,” ele uma vez disse. Hoje em dia, pessoas de diferentes culturas passam horas pesquisando cânticos e praticando técnicas de dança como parte de um Halau ou academia de Hula, perpetuando o respeito, o amor e compartilhando o que é essencial nesta arte de dança que são os movimentos, palavras e música.






De acordo com uma lenda, ela aparece para o povo como uma bela e misteriosa jovem diante de um vulcão, ou como uma velha curtida pelo tempo que acende o cigarro com um estalar de dedos. Sua presença ainda é extremamente marcante na história de seu povo, tanto como culto quanto em suas manifestações vulcânicas permanentes. São comuns oferendas de flores, cigarros, bebidas e jóias nas crateras do vulcão Kilauea, sua morada, assim como suas "aparições", como uma linda mulher pedindo carona para os desavisados turistas que passeiam em noite de lua cheia. Dizem que ela passeia vestida de vermelho e acompanhada por um cão branco. Se você cruzar com ela, recomendo-lhe a fazer o que ela lhe pede. Em uma das historias de Pele diz que ela tem seis irmãos e seis irmãs e o seu noivo a trocou por uma de suas irmãs. Muito triste ela se reservou dentro de um vulcão e quando chora sai lava dele. Para acalma-la os havaianos dançam para ela e a deixam oferendas. Um fato recente e curioso foi à erupção de um vulcão que tomou um vilarejo inteiro menos uma casa. A dona dessa casa disse que era adoradora de Pele e sempre a deixava oferenda e dançava para ela. Esta sociedade era dominada pelo homem e regida por um código moral com severos tabus que ajudavam os havaianos a evitar a ira de Pele.







A cultura havaiana tem alguns filmes relacionados a ela. No desenho animado “lilo e stitch” é possível ver um pouco da dança havaiana, de alguns costumes e da forma de vida e construção local. Além do desenho animado temos também um filme chamado “Encantadora de Baleias” nesse filme podemos ver a cultura masculina havaiana onde o feminino mal é aceito. Podemos ver explicações sobre expressões faciais feitas durante as danças e podemos ver homenagens aos deuses. Há também um filme chamado “feitiço havaiano” do ano de 1961 e um “No paraíso do Havaí” de 1966 ambos eu ainda não vi mas percebi que tem aspectos relacionados a cultura. No filme “Um paraíso havaiano” mulheres conquistam uma nação através da dança Hula. Veja-os afinal essa cultura é maravilhosa.


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