"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

03 janeiro 2012

Amélia Earhart parte 1

Amélia Earhart se tornou uma celebridade internacional durante sua vida. Ela virou símbolo feminista. Foram escritos diversos livros e artigos devido ao seu desaparecimento quando ainda era jovem e pelos seus feitos durante sua vida. Amélia Mary Earhart nasceu no Kansas no ano de 1897, ela foi pioneira na aviação dos estados unidos e autora e defensora dos direitos das mulheres. Ela foi à primeira mulher a receber o premio “The Distinguished Flying Cross” por ter sido a única a voar sozinha sobre o oceano pacifico. Ela estabeleceu vários recordes na aviação e através de seu diário escreveu um livro para incentivar a mulheres na arte do voou. Ela desapareceu durante um voo sobre o oceano pacífico perto da ilha de Howland enquanto tentava realizar um voo ao redor do mundo no ano de 1937. Foi declarada morta 2 ano depois. Amélia vinha de uma família tradicional da época e bem conhecida no Kansas. Seu avô era banqueiro e juiz. Amélia costumava a usar quando criança Bloomers que são trajes praticamente masculinos para a época. Ela dizia que tais vestes a deixava livre. Alguns biógrafos a descreve como uma menina com hábitos masculinos. Fato é que Amélia sempre teve seu espirito aventureiro, aos 11 anos de idade viu seu primeiro avião.
Apesar de ter sido uma mulher ilustre na história da aviação ela não quis nem conhecer o avião com quem teve seu primeiro contato. Mais tarde ela descreve tal biplano como “uma coisa de fios oxidados e madeira, sem nenhum atrativo”.
Em uma mudança de casas os pais de Amélia e Muriel, sua irmã, as deixaram na casa dos avós. Foi dentro de casa que ambas foram educadas. Anos depois Amélia se diz como uma leitora voraz. Foi somente no ano de 1909 quando elas voltam a morar com os pais que elas entram numa escola publica.
Seu pai Edwin era alcoólatra e devido a isso perdeu seu emprego. Tentou se reabilitar, mas nunca conseguiu. Nesta mesma época a avó materna de Amélia veio a falecer e deixou toda a sua fortuna com a filha, mãe de Amélia. A casa de sua avó e todo o conteúdo dela foi vendida na época e Amélia descrevia esse momento de sua vida como o fim de sua infância. Seu pai anos depois conseguiu um emprego novamente, mas continuava na incerteza de tê-lo. Devido a isso a mãe de Amélia, Amy, levou suas filhas para uma casa de amigos em Chicago, na época Amélia só tinha 18 anos. Ela procurou em Chicago a escola com o melhor programa de ciências ignorando fato de ser longe de sua casa. Ela se matriculou na Hyde Park High School e se formou por lá no ano de 1916. Amélia tinha um álbum com os recordes das mulheres. A maioria era de mulheres que conseguiram empregos antes só de homens, como engenharia, advocacia e produção de filmes. Ela ingressou na faculdade de Ogontz School em Rydal,Pennsylvania mas nunca chegou a concluir. Durante a guerra ela não se conformava em ver pessoas feridas então fez um curso de enfermeira na cruz vermelha e ajudou no Destacamento de Ajuda Voluntária







Quando a gripe espanhola chegou Amélia estava ainda trabalhando como enfermeira no Spadina Military Hospital. Ela contraiu gripe espanhola, pneumonia e sinusite sendo hospitalizada no ano de 1918. Ela ficou apenas um mês no hospital apesar de ter ficado doente por dois meses. Apesar disso sua sinusite a acompanhou pelo resto de sua vida. Como ainda não havia antibióticos e ela ficou quase um ano na casa de sua irmã sentindo fortes dores de cabeça e nesse tempo aprendeu sobre mecânica.
Sua sinusite crônica afetou seu desempenho durante seus voos.
Amélia começou seu fascínio com avião quando foi visitar uma amiga na feira aérea no Canadá. Elas estavam observando um avião da guerra quando ele veio na sua direção e estacionou próximo delas. Amélia disse que sentiu uma mistura e excitação e medo e que algo lhe havia tocado o coração.
No ano de 1919, Amélia entrou na faculdade de medicina da Columbia University, mas um ano depois desistiu e foi se reunir com sua família na Califórnia.
Em 1920, Amélia foi até um campo de pouso com seu pai e voou com Frank Hawks que mais tarde se tornou um piloto famoso, proporcionando assim a viajem que mudaria sua vida.
Logo depois dessa experiência Amélia começou a trabalhar em tudo que conseguia e conseguiu juntar 1000 dólares para poder aprender a voar. Amélia aprendeu a voar com Anita Snook em um Curtiss JN -4. Seis meses depois ela comprou seu primeiro avião que ela batizou de “o canário” por ser um biplano kinner amarelo. Dois anos depois de começar a voar ela bateu o primeiro recorde, sendo este mundial voando a 14.000 pés de altura. No ano de 1923 ela se tornou a 16.ª mulher a conseguir uma licença de voo da Fédération Aéronautique Internationale (FAI).







De acordo com o Boston Glode ela foi uma das melhores aviadoras dos Estados Unidos. Ela sabia de suas limitações como pilota, mas mesmo assim foi uma mulher e tanto. Em 1927 ela acumulou 500 horas de voo o que na época era uma marca grande. Devido a problemas financeiros da família Amélia vendeu o canário e comprou um carro que nomeou de perigo amarelo. Em 1924 seus problemas com a sinusite retornaram e ela foi submetida a uma cirurgia sem sucesso. No mesmo ano seus pais se divorciaram e Amélia viajou com a mãe por todo o continente americano. Ela tentou voltar para a Columbia University, mas dessa vez não pode continuar por problemas financeiros. No ano de 1925 começou a trabalhar como assistente social na Denison House, o que a forçou a se mudar para Medford. Amélia continuou com seu fascínio pela aviação e se tornou membro da American Aeronautical Society de Boston, sendo vice-presidente tempos depois. Ela trabalhou como promotora de vendas de aeroplanos e escreveu para o jornal local promovendo a aviação e iniciando um projeto para organização de pilotos femininos.
Após o voo solo de Charles Lindbergh através do oceano pacifico em 1927 uma socialite chamada Amy quis patrocinar uma mulher para fazer o mesmo. Amélia se candidatou e passou por uma entrevista e ela foi com o piloto Wilmer Stultz e do copiloto/mecânico Louis Gordon, sendo ela uma mera passageira, mas ainda constando no registro. Como a maior parte do voo era guiado por instrumentos e Amélia não tinha esse tipo de estudo ela não pilotou. Em uma entrevista ela disse "Stultz fez tudo o que foi necessário. Eu fui somente bagagem, como um saco de batatas talvez um dia eu tente fazê-lo sozinha." Após o retorno da equipe aos Estados Unidos eles foram recebidos pelo presidente e pela casa branca além de serem homenageados com uma passeata publica.
Depois disso Amélia ficou famosa sendo patrocinada para escrever um livro de sua autoria, participou de diversas palestras e virou mulher de campanha de cigarros, roupas femininas e esportivas, bagagens e etc. Alguns jornais a chamavam de Lady Lindy por parecer com Lindbergh enquanto outros a chamavam de rainha dos ares. Ela reuniu dinheiro com as palestras e com a venda de sua imagem e patrocinou sua viajem para o polo sul junto com o comandante Richard Byrd.
Com o seu repentino sucesso ela se tornou associada da revista Cosmopolian e incentivou a entrada das mulheres no campo de voo. Ela criou o primeiro serviço regional de viagens entre Nova Iorque e Washington. Ela foi vice-presidente da Natinal Aiways conduzindo operações aéreas



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