"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

09 março 2012

Ásia

Na Ásia é comum no nascimento de uma criança verificar o sexo. Homens são bem vindos enquanto mulheres nem tanto. Quando se tem uma menina como filha geralmente eles a matam, a entregam para adoção ou a vendem, sem nem saber para qual fim ela será usada.
No ano de 2006 na China 98% das crianças para adoção eram meninas.
Necessidades básicas das crianças são distintas entre homens e mulheres. Quando uma menina fica doente raramente é levada a um médico e seu processo de vacina nem sempre é completo. Em termos de alimentação a dedicação é maior para o sexo masculino já que não é de grande importância perder uma filha. Isso ocorre, pois é somente no homem que a família garante o sustento tendo em vista que na China não a sistema de aposentadoria. Além disso, com a politica de filho único adotado na China é preferencial um homem do que uma mulher tendo em vista que é através do sexo masculino que o nome é passado. O termo usado atualmente pelos historiadores quando se trata da Ásia mais especificamente China é “continente ou país negro para as mulheres”.
É muito comum o aborto e os crimes infanticídios quando se tratam de meninas para o nascimento. Devido a este ato a Ásia está sofrendo de um desequilíbrio demográfico.
Hoje é de costume uma única mulher ter mais de um marido em certas regiões deste continente. Ela passa um dia por semana (média) com cada marido, realizando os afazeres domésticos e tendo relações sexuais com eles.
As dificuldades das mulheres ao longo da Ásia são distintas, mas não quando se trata de igualdade em algum setor com os homens são iguais.
No Japão, por exemplo, após a segunda guerra mundial a constituição de 1947 garante a igualdades entre os sexos, mas, no entanto continua o peso do caráter patriarcal. Apesar da lei de oportunidade de emprego de 1986 as diferenças dos salários e nas posições oferecidas no mercado de trabalho entre os sexos são imensas. Outro grande problema feminino atual no Japão é o direito a previdência que só é possível quando estão vinculadas a homens, no caso maridos.
No Afeganistão a situação feminina mudou desde a queda do regime talibã em 2001. Antes disso só era permitido ir ao colégio ou trabalhar com a tradicional burca. Ainda sim vários direitos básicos da mulher afegã são violados.
Na Índia a diferença entre a população feminina e masculina é de 32 milhões de pessoas. Isso se dá devido a abortos, maus tratos e assassinatos quando se trata de crianças do sexo feminino. Também é significativo o rito do “sati” onde a viúva é queimada até a morte quando o seu marido falece primeiro. O índice de violência doméstica na Índia é uma dos maiores do mundo.
Já no Paquistão o motivo de serem discriminadas é devido à crença de que a mulher é inferior ao homem. Dentre os problemas sofridos pelas paquistanesas o que causa maior revolta na sociedade mundial é o de assassinato por honra onde uma mulher é mortal por uma “conduta imoral”. O presidente Musharraf prometeu combater tal tipo de assassinato, mas as praticas ainda são frequentes.
A única mulher asiática a ganhar o Premio Nobel da Paz foi Aung San Suu Kyi que em 1991 recebeu tal premio devido à luta contra a violência e em defesa dos direitos humanos na Birmânia, cidade onde nasceu.

“Se o meu povo não está livre, como posso dizer que estou livre? Ou estamos livres juntos ou não estamos livres.”
Aung San Suu Kyi's



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