"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

24 novembro 2011

Assim como a nossa vida, a mitologia grega cita Arthêmis em várias histórias. Sempre sendo representada, como caçadora que se veste de túnica, calça coturno e traz uma aljava cheia de flechas, um arco na mão e um cão ao seu lado.
Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus a questionou sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe pediu, sem hesitar, que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai imediatamente realizou seu sonho. Embora pareça contraditória esta personalidade ambígua de Ártemis, na verdade ela está associada á dupla faceta do feminino, que protege e destrói.
Esta deusa da fertilidade animal tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Os animais ferozes que estão sempre junto a ela representam, por outro lado, os impulsos que precisam ser dominados. Sem dúvida ela é o símbolo maior do feminino, de sua liberdade e autonomia.
Por ser relacionada a Lua enquanto seu irmão Apolo ao sol, as festas em homenagem à lua eram sempre executadas danças de extrema sensualidade e havia constantemente a presença de um ramo considerado sagrado.
Na Itália eles comemoravam sua festa no dia 13 de agosto, quando os cães de caça tinham seu momento de glória e os animais ferozes eram deixados à vontade. Este evento foi consagrado pela Igreja como um culto católico que marca a Assunção de Nossa Senhora, transferido para o dia 15 de agosto.




O templo demorou 200 anos para se completar. Segundo consta, centenas de virgens sacerdotisas participaram da construção do templo, essas mulheres acreditavam na superioridade feminina e praticavam a abstinência sexual e artes mágicas.
Após esses anos de construção, o resultado da obra foi encantador. O Templo de Arthêmis era composto por 127 colunas de mármore dispostas em filas duplas, todas decoradas com obras de arte, tendo cada uma 20 metros de altura.
Um dos elementos mais famosos do templo era a escultura da deusa Arthêmis que ficava em seu interior. A obra de arte era produzida em ébano (um tipo de madeira), ouro, prata e pedra preta, cercada por esculturas em bronze de Praxíteles (escultor famoso da época). A escultura da deusa tinha uma saia comprida coberta com relevos de animais cobrindo suas pernas e quadris. Era caracterizada ainda pelas três fileiras de seios que possuía, simbolizando sua fertilidade. Na cabeça havia um ornamento em forma de pilar. O Templo de Arthêmis foi representado como um grande feito da civilização grega





Infelizmente, pouco restou do templo atualmente. O Templo de Arthêmis passou por duas grandes destruições. Duzentos anos após sua construção, um grego chamado Heróstrato, com o intuito de se tornar imortal, incendiou o templo, em 356 A.C.. O estrago causado por Heróstrato levou 20 anos para ser reparado, numa ação promovida por Alexandre III da Macedônia, ou como é mais conhecido Alexandre o grande. Mas no século III d.C. veio a grande queda, na época os godos (povo germânico) invadiram as províncias e arrasaram o Templo de Ártemis em 262.
Atualmente, o que resta do Templo de Ártemis são algumas esculturas e objetos que estão expostos no Museu Britânico, em Londres, e uma única coluna do templo, que se manteve firme após tantos terremotos e saques no local. Conhece-se bem o Templo de Ártemis, pois há uma documentação muito bem detalhada sobre essa maravilha do mundo antigo.


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