"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

07 fevereiro 2012

Hatcheput

Hatcheput foi a única mulher faraó do Egito. Seu reinado durou 22 anos. Seu império aconteceu no império novo. Ela era filha do rei Tutmósis I e da rainha Ahmose. Quando Hatcheput estava com 14 anos, após a morte de seu pai ela se casou com seu meio-irmão Tutmés II. Para a época no Egito era de costume casar-se entre membros da família real. Pouco tempo depois do casamento seu marido faleceu. O reinado de Tutmés II não foi muito conhecido. Sua única opção de casamento seria com seu enteado Tutmés III que ainda era criança e não estava apto a governar. Com esse problema Hatcheput assumiu a o poder de cuidar de seu enteado e de governar com uma Rainha.
Seu destino de rainha já estava escrito antes de seu destino ser cumprido. Ahmose, sua mãe disse que estava gravida quando seu marido Tutmés I estava em viagem. Ahmose explicou dizendo que havia visto seu marido a noite e depois ele se transformara no Deus Amon-Rá. Ela também confessou que ficou honrada e que se deitou com ele e que o Deus disse que desta união nasceria uma mulher que governaria o Egito. Os sacerdotes de Tutmés I e Ahmose duvidaram da história mas legitimaram Hatcheput.
No antigo Egito os anos eram contatos quando um novo faraó ascende. Com Hatcheput isso não aconteceu, pois ela preferiu que seus anos de reinados fossem somados aos de seu enteado Tutmés III. No ano 7 de seu reinado ela assume os cinco nomes dados a um faraó. Esses nomes eram adotados após a ascensão do faraó. Um dos nomes era o de nascimento e os outros quatro eram variantes ganhados ao longo da vida.
Seu império foi regido por um grande momento de paz e prosperidade econômica. Acreditam ter tido apenas dois grandes “ataques” na época de seu reinado. Um deles foi a Núbis (Egito) e a outra foi a Punt (atual Somália). Ambos foram invasões pacificas tendo trocas de objetos desejados e retorno a cidade de origem.
Dois de seus ministros ficaram famosos. Um deles era Senemut que era um sumo sacerdote de Amon. Além disso, ele foi o preceptor da filha de Hatcheput.
Hatcheput faleceu aos 37 anos e seu enteado Tutmés III assumiu o trono. No templo dedicado a ela e diversas pinturas sobre a faraó. Em algumas ela aparece sem seios e de barba. Os historiadores acreditam que ela que pediu esse tipo de pintura. O fato de ser pintada sem seios não lhe dá um impressão de fragilidade enquanto a barba simboliza o poder. Já sem outras representações ela é voluptuosa e acredita-se que ela não era assim, apenas foi retratada de forma matriarcal, farta.
Seu reinado foi obscuro para os arqueólogos e para os historiadores já que se acreditava ter tido apenas farós homens. Em sua tumba após testes de DNA descobriram seu sexo e que ela veio a falecer por uma inflamação na gengiva.


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